Trabalhar com Python, especialmente em projetos envolvendo treino e teste de modelos de redes neurais, requer uma abordagem organizada e incremental para garantir eficiência, reprodutibilidade e manutenibilidade.
Seguem sugestões sobre como proceder.
Práticas eficazes para desenvolvimento Python com redes neurais1. Desenvolvimento Incremental2. Uso do Jupyter Notebook3. Organização do Código4. Python não tem #include
como o C, mas tem import
5. Fluxo de Trabalho Recomendado para Redes Neurais6. Ferramentas ÚteisExemplo de Estrutura de ProjetoResumo das Recomendações"Espalhar"/testar scripts com JupyterComo fazer isso no Jupyter1. Criar scripts .py
com funções reutilizáveis2. Importar as funções no Jupyter3. Desenvolver incrementalmente Vantagens dessa abordagemExemplo PráticoScript model_utils.py
No Jupyter: Dicas Importantes Alternativa: pip install -e
(Para projetos grandes) Conclusão
Desenvolver código de forma incremental é a maneira correta, especialmente em projetos de machine learning (ML) e deep learning (DL). Isso permite:
Como fazer:
load_data()
, train_model()
, save_weights()
).
O Jupyter Notebook é útil para:
Porém, ele tem limitações:
Recomendação:
.py
) quando o projeto crescer..py
(usando %run
ou import
).
Para projetos sérios, estruture seu código em funções e módulos isolados, como:
x# data_loading.py
def load_data(path):
# ...
return X_train, y_train, X_test, y_test
# model.py
def build_model(input_shape):
# ...
return model
# train.py
def train_model(model, X_train, y_train, epochs):
# ...
return trained_model
Vantagens:
#include
como o C, mas tem import
Python usa o sistema de módulos e pacotes para organizar código:
xxxxxxxxxx
# Importar funções de outros arquivos
from data_loading import load_data
from model import build_model
Isso é mais flexível e poderoso que o #include
do C, pois permite hierarquia de pastas e controle de escopo.
Exploração inicial: Use Jupyter para analisar dados e testar ideias.
Modularização: Transforme código repetitivo em funções (ex: pré-processamento).
Treinamento incremental:
model.save_weights()
ou torch.save()
.Versionamento: Use Git para controlar mudanças no código e nos dados.
Experimentação: Use ferramentas como Weights & Biases (W&B) ou MLflow para rastrear hiperparâmetros e resultados.
.py
.
xxxxxxxxxx
meu_projeto/
│
├── data/ # Dados brutos/processados
├── notebooks/ # Jupyter notebooks exploratórios
├── src/
│ ├── data_loading.py # Funções para carregar dados
│ ├── model.py # Definição do modelo
│ ├── train.py # Script de treino
│ └── utils.py # Funções auxiliares
│
├── requirements.txt # Dependências
└── README.md
.py
.import
para reutilizar código (semelhante ao include
do C, mas mais robusto).Isso torna seu projeto escalável, reprodutível e mais fácil de manter.
Você pode "espalhar" (importar) scripts Python dentro do Jupyter Notebook para testar ideias de forma incremental e organizada. Essa abordagem combina a agilidade do Jupyter com a estrutura modular de scripts .py
, evitando código repetitivo e facilitando a transição para um projeto maior no futuro.
.py
com funções reutilizáveisExemplo:
xxxxxxxxxx
# meu_script.py
def load_data(path):
import pandas as pd
return pd.read_csv(path)
def preprocess_data(df):
# Lógica de pré-processamento
return df.dropna()
No notebook, use import
ou %run
para acessar as funções:
xxxxxxxxxx
# Opção 1: Importar como módulo
from meu_script import load_data, preprocess_data
# Opção 2: Executar o script inteiro (útil para testes rápidos)
%run meu_script.py # Todas as funções/variáveis ficam disponíveis
Teste funções isoladas no Jupyter:
xxxxxxxxxx
df = load_data("dados.csv")
df_clean = preprocess_data(df)
df_clean.head() # Visualização rápida
Modifique o script .py
conforme necessário e recarregue as funções:
xxxxxxxxxx
%load_ext autoreload
%autoreload 2 # Recarrega automaticamente os scripts modificados
.py
no futuro.
Suponha que você esteja treinando um modelo:
model_utils.py
xxxxxxxxxx
import tensorflow as tf
def build_model(input_shape):
model = tf.keras.Sequential([...])
return model
def save_weights(model, path):
model.save_weights(path)
xxxxxxxxxx
from model_utils import build_model, save_weights
model = build_model((28, 28, 1))
model.fit(X_train, y_train, epochs=10)
save_weights(model, "pesos.h5")
Caminhos de arquivos:
Use caminhos relativos (ex: ../data/dados.csv
) ou bibliotecas como pathlib
para evitar erros.
Se o Jupyter e os scripts estiverem em pastas diferentes, adicione o caminho ao sys.path
:
xxxxxxxxxx
import sys
sys.path.append("../src") # Pasta onde estão seus scripts
Recarregar scripts:
Sem o autoreload
, reinicie o kernel ou use:
xxxxxxxxxx
import importlib
importlib.reload(meu_script)
Evite misturar lógicas:
pip install -e
(Para projetos grandes) Se seu projeto virar um pacote, você pode instalá-lo em modo de desenvolvimento:
xxxxxxxxxx
pip install -e .
Assim, todos os módulos ficam disponíveis globalmente (incluindo no Jupyter).
Você pode (e deve!) espalhar imports de scripts Python no Jupyter para:
Isso é especialmente útil em projetos de redes neurais, onde você pode iterar rapidamente no notebook enquanto mantém a lógica principal em scripts reutilizáveis.
Fernando Passold, em 02/04/2025